Política

Em reação a Lula e Barroso, Bolsonaro rechaça regulamentação da "mídia e internet"

Estiveram presentes ainda os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux

Reprodução/YouTube
Reprodução/YouTube

Em seu discurso na abertura dos trabalhos legislativos do Congresso Nacional, na tarde desta quarta-feira (2), o presidente Jair Bolsonaro (PL) aproveitou não só para destacar projetos aprovados no Plenário, enviados pelo Executivo, como para marcar diferenças ao ex-presidente Lula. 

Em reação às falas do petista e também à conduta do ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que tem cobrado do aplicativo Telegram que se adeque à legislação brasileria, sob pena de ser proibido no país, Bolsonaro rechaçou a "regulamentação da mídia e internet".

"Os senhores nunca verão eu vir nesse parlamento pedir regulamentação da mídia e da internet. Espero que isso não seja regulamentado por qualquer outro poder. Nossa liberdade está acima de tudo", disse Bolsonaro, elevando o tom de voz. O chefe do Executivo em Brasília foi o único a tirar a máscara para falar.

Estiveram presentes ainda os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux.

O tema de regulamentação da imprensa já foi defendido pelo ex-presidente Lula, principal adversário de Bolsonaro, que também prometeu que não vai tentar reverter os pontos da Reforma Trabalhista aprovada no Congresso.

"Nunca vou vir aqui anular a reforma trabalhista aprovada no Congresso. Sempre respeitaremos a independência entre os Poderes", prometeu o presidente, apesar das ofensivas no passado contra o Supremo Tribunal Federal (STF).

Ao final do discurso, Bolsonaro posou ao lado de Lira e Pacheco.

PANDEMIA

Apesar dos posicionamentos negacionistas e de questionar a eficácia da vacinação contra a Covid-19, Bolsonaro destacou os esforços do governo federal para a compra de 416 milhões de doses dos imunizantes, além de equipamentos de saúde necessários para atendimento dos pacientes. 

Bolsonaro, contudo, reforçou que a vacinação no país não é "obrigatória" e que todos que quiseram, conseguiram se imunizar.