O presidente Jair Bolsonaro discursou durante cerca de oito minutos na noite desta terça-feira (31) em toda a cadeia nacional de rádio e TV. Esta foi a quarta vez que ele falou à Nação desde que os primeiros casos de coronavírus no Brasil. Os anteriores ocorreram nos dias 6, 12 e 24 de março.
“Senhor Tedros, diretor da OMS, disse saber que muitas pessoas de fato têm que trabalhar todos os dias para ganhar o pão e os governos têm que levar a população em conta. Se fecharmos as movimentações, o que acontecerá com essas pessoas que precisam trabalhar todos os dias? Então cada país, baseado na situação, deveria responder a essa questão. Com relação a cada medida, temos que ver o que significa para os indivíduos nas ruas. eu venho de família pobre e sei o que significa se preocupar com o pão diário”, afirmou Bolsonaro em parte de sua fala.
“Não me valho para negar as importâncias das medidas de controle e prevenção da pandemia, mas temos que pensar nas pessoas mais vulnerárias, que sempre foi a minha preocupação desde o início. Entre eles estão camelôs, ambulante, vendedores de churrasco, diaristas e outros autônomos com quem venho mantendo contato durante minha vida pública”, finalizou.
Bolsonaro também afirmou que determinou ao ministro da Saúde que ele não poupasse esforços do SUS, aumentando a capacidade da rede de saúde para combater a pandemia. O presidente disse ainda que determinou ao ministro da Economia para proteger o emprego e a renda dos brasileiros. Bolsonaro também informou que em acordo com a indústria farmacêutica, o reajuste dos remédios só acontecerá daqui a 60 dias.
“O vírus é realidade ainda não existe vacina ou remédio, apesar da cloroquina parecer bastante eficaz. Infelizmente teremos perdas no caminho. Eu mesmo perdi entes no passado e sei que é dolorido. Temos que evitar ao máximo a perda de vidas humanas”, disse Bolsonaro.
Por fim, o presidente aproveitou para se solidarizar com os profissionais de saúde, segurança, caminhoneiros e trabalhadores de serviços sociais que estão, segundo ele, fazendo o País continuar funcionando.
IstoÉ // Itatiaia Fernandes