Política

Em Irecê, ACM Neto diz que pretende apresentar um plano de governo “revolucionário e transformador” para a Bahia

Democrata destaca ainda potencial econômico na região de Irecê

Divulgação
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O presidente nacional do Democratas, ACM Neto, afirmou que pretende apresentar um plano de governo “revolucionário e transformador'', que aponte para uma mudança do patamar econômico e social da Bahia, declarou o ex-prefeito de Salvador durante entrevista em Irecê, onde realiza mais uma edição do movimento "Pela Bahia". Neto cumpre agenda na região, passando também pelos municípios de João Dourado, Lapão e Xique-Xique até esta sexta-feira (3). 

Durante entrevistas para rádios locais, ACM Neto também destacou o potencial econômico da região, sobretudo com a produção agrícola, pontuando ainda a necessidade de encontrar soluções para a questão hídrica e apontou três desafios como os principais para o próximo governador da Bahia: educação, segurança pública e geração de emprego. 

Ao falar sobre o "Pela Bahia", Neto disse que o objetivo é ouvir as pessoas, poder fazer um diagnóstico completo dos principais problemas e, acima de tudo, tratar dos desafios futuros. "Ano que vem, quando a campanha propriamente começar, eu espero apresentar um plano de governo aos baianos revolucionário, transformador, que mude o patamar econômico e social da Bahia", afirmou. 

 

"O maior problema da Bahia hoje é social e econômico, que estão relacionados, ou seja, a pobreza, são as desigualdades sociais. Nesses últimos 16 anos a Bahia não mudou o seu patamar econômico, e quando a gente chega em qualquer lugar, além da preocupação com a saúde, com a vida, as pessoas se preocupam com a falta de emprego", acrescentou o pré-candidato ao governo da Bahia em 2022.

Além do emprego, voltou a falar sobre os índices negativos do estado em educação e segurança. "Hoje o ensino médio da Bahia, que é a responsabilidade do Governo do Estado, tem o pior Ideb do Brasil, ou seja, a pior nota na avaliação da qualidade do ensino do Brasil é da Bahia. Então a gente não pode pensar num futuro forte para Bahia sem investir na educação, na qualificação e na preparação dos nossos jovens", pontuou.

Na segurança pública, Neto destacou levantamentos recentes, como o Atlas da Violência 2021. "A Bahia é responsável hoje por 14% de todas as mortes violentas do Brasil. Para enfrentar o problema da segurança pública, o governador vai ter que chamar o problema para si e se envolver pessoalmente na solução", ressaltou. 

Neto voltou a frisar que está concentrado na disputa pelo governo do estado, pontuando novamente que pretende oficializar sua pré-candidatura ao Palácio de Ondina ainda este ano. "Eleição nacional é outra coisa, essa disputa para presidente é outra história. O que importa é que, se eu for governador, vou estar preparado para governar com qualquer presidente, para tratar dos interesses da Bahia, como fiz como prefeito de Salvador durante oito anos", disse. 

 

Potencial da região

Segundo o democrata, nos últimos anos, houve uma queda na participação da produção agrícola da região de Irecê em relação ao estado. Essa participação já foi de 2,7% e caiu para 1,8%. "Hoje, quando se olha as regiões econômicas da Bahia, a nossa região de Irecê é a penúltima em contribuição econômica para o PIB", continuou. 

 

O grande desafio, para ele, passa, por um lado, por investimentos em infraestrutura e, por outro, em relação aos recursos hídricos. "Como levar água à produção, como permitir que o pequeno produtor, que o homem do campo, que o médio produtor tenha condições de ter acesso a recursos hídricos e produzir. A grande vocação da região sem dúvida é a agricultura", disse, ao ressaltar também a força do comércio e do setor de serviços de Irecê. 

Outro desafio é levar a agroindústria para a região. "A gente não pode ficar apenas no primeiro passo na produção primária. A gente tem que pensar numa cadeia produtiva, em criar um ambiente favorável à produção, e trazer a iniciativa privada e o Estado. O poder público vai ter que entrar com a sua parte, é fazer estrada, é melhorando as estradas que já existem e sobretudo fazendo uma discussão séria a respeito dos recursos hídricos", salientou.