O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) depôs por três horas nesta terça-feira (16) à Polícia Federal, sobre o esquema de fraude dos cartões de vacinação em seu nome e da sua família. Durante sua declaração, ele negou ter conhecimento das alterações e culpou o seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, e dos outros presos na Operação Venire, ocorrida no dia 3 de maio.
A investigação gira em torno da inserção de dados falsos no sistema do Ministério da Saúde, com o objetivo de fraudar os documentos para que o ex-chefe do Executivo e sua família pudessem viajar aos Estados Unidos, já que na época, a apresentação do documento na alfândega era uma exigência devido a pandemia de Covid-19.
Questionado sobre as conversas no seu celular e no Cid, que a PF teve acesso após apreender aparelhos durante a operação, Bolsonaro negou qualquer envolvimento.
De acordo com o integrante do PL, se Mauro Cid inseriu dados falsos no sistema do ministério por conta própria e não por seguir ordens. Apesar da declaração, Bolsonaro defende o militar e afirma não acreditar que o seu ex-ajudante tenha participado do esquema.
No total, Jair Bolsonaro respondeu a 60 perguntas e, de acordo com a PF, não se recusou a abordar nenhum assunto.