Política

Em culto com crianças, Damares relata detalhes de exploração sexual infantil; veja vídeo

Sem o menor pudor, a ex-ministra detalha métodos supostamente utilizados por criminosos na Ilha de Marajó, no Pará

Reprodução/Twitter
Reprodução/Twitter

Senadora eleita pelo Distrito Federal, a bolsonarista Damares Alves voltou a declarar ter provas de casos de exploração sexual infantil na fronteira do país, durante um culto evangélico com a presença de crianças na igreja Assembleia de Deus.

Sem o menor pudor, a ex-ministra detalha métodos supostamente utilizados por criminosos na Ilha de Marajó, no Pará, vizinho de países como Guiana Francesa, Guiana e Suriname.

"Temos imagens de crianças nossas brasileiras, de 3, 4 anos, que quando cruzam as fronteiras sequestradas tem os dentinhos arrancados para não morderem na hora do sexo oral", diz Damares em discurso acalorado.

Apesar das revelações de que tinha conhecimento sobre crimes graves, Damares não explica se tomou alguma atitude ou se relatou às forças policiais.

Sem o menor pudor, a ex-ministra prossegue.

"Crianças comem comida pastosa pro intestino ficar livre na hora do sexo anal", complementou, evocando a imagem do presidente Jair Bolsonaro (PL) para uma pretensa "guerra espiritual". Damares alertou ainda que no ministério que atuou tem guardada imagens de estupros de recém-nascidos e que descobriram que um vídeo de menores sendo abusados custam entre "R$ 50 mil e R$ 100 mil".

Ela reforça que a sua fala não pode ocorrer em outro ambiente senão na própria igreja, já que fora dela precisaria arcar com a responsabilidade do teor do seu discurso.

"Tem coisa que não posso falar lá fora, mas aqui tenho liberdade constitucional de falar a minha fé", pondera Damares.

O trecho do discurso de Damares foi amplamente compartilhado nas redes sociais e publicado pelo site O Antagonista.