À exceção de Alvaro Dias (Podemos), que preferiu centrar seu discurso sobre o combate à corrupção, e de Fernando Haddad (PT), os demais candidatos à Presidência que participaram do debate da TV Globo pediram que o eleitor não leve o ódio para as urnas e vote contra a polarização que tomou conta da corrida eleitoral deste ano.
Geraldo Alckmin (PSDB), que iniciou os comentários finais, disse que o "radicalismo, o ódio e o preconceito não vão levar a nada". "20% do voto se decide nos últimos dias, peço o seu voto", disse o tucano.
Ciro Gomes, do PDT, disse que o Brasil viveu quatro anos de ódio e esse filme "parece que está querendo se repetir". "O que temos hoje é um empate entre Haddad e Bolsonaro. Aprofundar essa divisão não permite conciliar Brasil. Estou ali, no terceiro lugar. Ganho de Haddad e de Bolsonaro no segundo turno com grande folga", disse o pedetista.
"Ódio não gera emprego, vingança não cria segurança ou corrupção", disse Henrique Meirelles (MDB). "Estou aqui porque sou uma pacificadora, que é muitas vezes mal compreendida. Esse País não tá precisando de força física. Precisa de força moral, de respeito, com seu dinheiro, com a Constituição, com a diversidade", argumentou Marina Silva (Rede).
"Domingo é dia de barrar atraso. Não vote com ódio nem com medo. Só vamos mudar Brasil enfrentando de verdade os privilégios", pregou Guilherme Boulos (PSOL).
Um dos polos dessa polarização, Haddad (PT) buscou mostrar sua biografia e oferecer uma esperança ao eleitor. "Sou neto de um líder religioso, filho de agricultor familiar. Eles me ensinaram que é preciso ter trabalho e educação. Aprendi com Lula que é possível ter essa possibilidade para todos. Vou trabalhar para dar isso a todos".
Segundo um integrante de Marina Silva, os candidatos não foram autorizados a usar adesivos com seu número no debate desta quinta-feira, como aconteceu no debate anterior, da Record. Para driblar essa restrição, Haddad, Dias e Boulos citaram seus números.
Estadão // AO