A Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (Fenaprf) encaminhou nesta quarta-feira (1°), uma carta pedindo reajuste salarial ao presidente Jair Bolsonaro (PL). De acordo com a coluna de Guilherme Amado, para o Metrópoles, o documento foi enviado mais cedo por meio do ministro da Justiça, Anderson Torres. A entidade organizou um protesto em Brasília.
A ofensiva acontece uma semana depois de policiais rodoviários federais matarem Genivaldo de Jesus, em Sergipe. O homem negro foi sufocado até a morte depois de ser trancado no porta-malas de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF), onde foram jogados spray de pimenta e bombas de gás.
Na carta, a morte de Genivaldo é citada brevemente e classificada apenas de “acontecimento trágico”. A Fenaprf reclamou de suposta “narrativa que associa a tragédia de Sergipe como uma mácula que define toda a instituição PRF”.
Segundo o documento, o salário inicial da PRF era 5% superior à média das demais carreiras típicas de Estado. Hoje, está 48% inferior. “Os policiais rodoviários federais pedem socorro para que haja a devida valorização do maior ativo da instituição, o policial rodoviário federal”.
No último sábado (28), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) cobrou a prisão dos policiais que mataram Genivaldo. A corporação e o governo Bolsonaro não lamentaram a morte.