O deputado federal e líder do União Brasil na Câmara dos Deputados, Elmar Nascimento (BA), partiu para o ataque contra o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), após o pepista declarar apoio a Hugo Motta (Republicanos-PB) para a sucessão dele no cargo, em 2025. Em discurso, o congressista alagoano afirmou que o paraibano representa a convergência.
Após a fala do ex-aliado Elmar criticou Lira (PP-AL) e disse que Lira atuou como líder do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante o primeiro mandato dele na Presidência da Câmara, entre 2021 e 2022.
“Vocês assistiram o primeiro mandato do presidente Arthur Lira, que ele diz que é tão a favor da convergência, que ele foi presidente da Câmara e líder do governo Bolsonaro ao mesmo tempo, modificando inclusive o regimento para tirar capacidade de obstruir da Câmara dos Deputados. Não pode agora vir dizer que a Casa tem que ser a Casa do consenso”, disparou.
Segundo O Globo, Elmar declarou que ser presidente da Casa não é a mesma de ser “síndico da Câmara”. “Não sou candidato a síndico da Câmara, se eu quisesse estar indicando cargo seria candidato a primeiro-secretário, sou candidato a presidente da Câmara e o país merece nos conhecer, nos conhecer profundamente do ponto de vista do que a gente pensa e quais são nossas propostas para o futuro”.
Ademais, o líder do União na Casa também sugeriu que os três candidatos a presidente da Casa fizessem um debate para expor as ideias de como querem comandar a Câmara.
“Não acham que é justo, e me coloco à disposição, que a gente faça um debate entre eu, Brito e Hugo para o Brasil nos conhecer? Estamos falando do segundo cargo mais importante da República e não dá para ser na base da nota escrita”, concluiu.
Rompimento entre Elmar e Lira
Em setembro, o líder do União Brasil na Câmara, deputado federal Elmar Nascimento (BA), decidiu romper relações com o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), após o parlamentar definir pelo apoio à candidatura do também deputado Hugo Mota (Republicanos-PB) na eleição para o cargo atualmente ocupado pelo pepista, em fevereiro de 2025.
A decisão do alagoano teria pegado Elmar de surpresa, já ele que esperava contar com o apoio público de Lira para o pleito – até então, o congressista vinha evitando dar qualquer declaração sobre o assunto. Porém, o comportamento atual foi considerado uma espécie de reviravolta.