A eleição para a vice-presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) foi, mais uma vez, adiada. Agora, a previsão é que aconteça na próxima terça-feira (8). O pleito tem se arrastado há ao menos três semanas desde que o PT, que tem a prerrogativa de indicar o nome para o posto, passou a enfrentar uma disputa interna.
Desde que Ivana Bastos (PSD), então 1ª vice-presidente, assumiu a presidência do Parlamento baiano, o posto nº 2 da Casa ficou vago. Pela proporcionalidade, cabe à bancada do PT definir quem vai exercer a função. Em ofício apresentado à Mesa Diretora, o partido sugeriu Fátima Nunes como candidata. No entanto, o deputado Júnior Muniz, também do PT, manifestou interesse na cadeira. A partir de então, o clima de indefinição pairou sobre a agremiação.
Colégio de Líderes
Em entrevista concedida na tarde desta terça-feira (1º), Rosemberg Pinto (PT), líder da bancada governista na Alba, explicou que uma reunião do Colégio de Líderes pacificou o assunto. Assim, o plenário votará somente em nome indicado por bancada.
“Hoje, no Colégio de Líderes, tivemos uma reunião muito madura, pacificadora, e todos entenderam que nós precisamos garantir o que foi combinado na composição da chapa. Porque os nomes indicados pelos líderes serão os nomes a serem votados pela Casa”, informou.
Rosemberg Pinto ressaltou que o partido se reuniu e decidiu que o nome indicado é o da deputada Fátima Nunes. Desse modo, eventual candidatura de Júnior Muniz poderá representar descumprimento de orientação do PT.
“Júnior Muniz conhece o regramento interno do partido e da bancada aqui na Casa Legislativa. Se ele quiser se insurgir a essa posição… Pelo regimento da Casa, ele pode colocar o nome dele. O PT notificou a Mesa Diretora de qual é o nome indicado. O Colégio de Líderes, em reunião, já validou o nome que será indicado pelo PT. Todos os líderes vão orientar suas bancadas neste sentido”, reiterou.
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O líder governista disse esperar que Muniz faça uma reflexão sobre o posicionamento adotado na disputa pela vice-presidência.
“É um direito do deputado Júnior Muniz [colocar o nome na disputa]. Ele vai descumprir uma orientação do seu partido e, obviamente, nós iremos trabalhar para eleger o que está pactuado com todos os partidos. Eu espero que ele faça uma reflexão. Não cabe a mim, ao governador, à imprensa, nem a ninguém tirá-lo de uma posição que ele acredita ser a correta”, externou.
Por fim, o líder da bancada do governo informou que o assunto foi parar no diretório estadual do PT e já está praticamente resolvido. “Isso foi levado à Executiva estadual do PT. Então, não pautamos isso [votação] para essa semana. Como o PT já notificou a Mesa Diretora da Casa, o assunto está maduro para votar na próxima terça-feira [8]”, informou Rosemberg Pinto.
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