A Câmara de Salvador precisou de 16 anos para dar um giro completo em sua roda gigante de representantes e voltar ao ano 2000. No início do século, o PT ainda tinha baixa representatividade na Casa e o grupo político do qual o então prefeito Antônio Imbassahy fazia parte, o PFL, liderava o legislativo municipal em número de cadeiras.
De lá pra cá, houve uma inversão de poderes gradual que foi praticamente anulada na eleição do último domingo (2). Os eleitores da capital baiana colocaram seis vereadores do DEM e três do PT na Câmara, marcas que são, respectivamente, a maior e a menor de cada partido desde 2000.
O então PFL alcançou o número com a prefeitura de Salvador e o governo do estado nas mãos. Mas dali em diante a sigla teve duas quedas consecutivas e só conseguiu frear e reverter a situação quando voltou ao comando do Palácio Thomé de Souza. Já o PT percorreu um caminho inverso. Entre 2000 e 2012, a legenda aumentou o seu número de representantes no legislativo em todas as eleições municipais, aproveitando o período em que liderou o governo do estado.
Mesmo com Rui Costa ainda no poder, o PT apresentou queda de sete para três vereadores eleitos na comparação entre 2012 e 2016, poucas semanas depois do encerramento do processo que culminou no impeachment de Dilma Rousseff e provocou a saída do partido do Palácio do Planalto após 14 anos.
(BaN) (AF)