Política

Eduardo Bolsonaro cita como 'credencial' pós-graduação não concluída

Falta entregar o trabalho de conclusão de curso, iniciado em março de 2016.

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O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) tem citado uma pós-graduação em Economia como uma das credenciais que o qualificariam para assumir a embaixada brasileira em Washington. O filho "03" de Jair Bolsonaro, no entanto, ainda não se formou. Falta entregar o trabalho de conclusão de curso, iniciado em março de 2016.

Em um vídeo que divulgou na sexta-feira passada, dia 12, em seguida à manifestação do presidente da República de que poderia indicá-lo ao posto nos EUA, Eduardo fez a menção em seu currículo. "Sou formado em direito pela UFRJ, advogado concursado, passei na prova da OAB, escrivão de Polícia Federal, uma pós-graduação em Economia, falo inglês, português e espanhol", disse.

A especialização é em Escola Austríaca de Economia, uma vertente do pensamento econômico liberal cujo maior expoente é o austríaco Ludwig von Mises. A pós-graduação lato sensu, que confere o título de especialista, é uma iniciativa do Instituto Mises Brasil em parceria com o Centro Universitário Ítalo Brasileiro, sediado em São Paulo. Eduardo fez parte da primeira turma. Seus colegas de turma se formaram em agosto de 2017, mas ele não.

O parlamentar, no entanto, ainda pode concluir a pós-graduação. Ele recebeu mais tempo para apresentar uma monografia ou um artigo científico. Quem se forma obtém um título de especialista na Escola Austríaca de Economia.

A reportagem enviou perguntas ao Instituto Mises Brasil sobre a situação de Eduardo no curso. A instituição confirmou que ele ainda não concluiu a pós. Procurado por meio de sua assessoria, o deputado não se manifestou.

De acordo com um de seus professores, que preferiu não se identificar, o deputado era calado e tentava absorver e entender os liberais.

O curso procurado por Eduardo Bolsonaro tem atraído diversos deputados federais. Na turma que iniciou as aulas em 2019 há quatro: Tiago Mitraud (PSL-MG), Paula Belmonte (Cidadania-DF), Felipe Barros (PSL-PR) e Carlos Jordy (PSL-RJ). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Estadão // AO