Proprietário do apartamento que armazenou R$ 51 milhões atribuídos pela Polícia Federal ao ex-ministro Geddel Vieira Lima, Silvio Antônio Silveira é empresário da construção civil, com atuação em Salvador. Ele prestou depoimento nesta quarta-feira, na Superintendência da PF, na capital baiana.
Segundo o site da empresa, a Silveira Empreendimentos é responsável por 500 imóveis entregues em bairros como Imbuí, Costa Azul, Pituba, Armação e Patamares. A empreiteira também foi responsável pela ampliação do Shopping Iguatemi (atualmente Shopping da Bahia), em 2008.
Silvio e Geddel são amigos de longa datas. A relação, a princípio, não era apenas de amizade. Quando ministro da integração Nacional, na gestão do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Geddel firmou contrato com a Silveira Empreendimentos no total de R$ 726 mil. O contrato diz respeito a construção de barragem em Araci, região sisaleira da Bahia.
Em 2007, A assembleia Legislativa da Bahia instalou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar irregularidades na Empresa Baiana de Alimentos (Ebal). A comissão ouviu Silvio Silveira. Ele participou de acareação com representantes da área de engenharia, que atuou na Ebal, José Gomes da Comasa, o diretor da OAF, Marcus Paiva, além de Silveira.
A OAF recebeu da Ebal, sem licitação, R$ 40,6 milhões pelos serviços de manutenção e engenharia. Questões relativas às terceirizações, execução e fiscalização das obras, bem como os referidos pagamentos, não foram esclarecidas. Na acareação as contradições permaneceram quando Marcus Paiva e Sílvio Silveira afirmaram que as ordens de serviços partiam do setor de engenharia da Ebal, enquanto, José Gomes, da Comasa, alegou que recebia tais ordens da OAF.
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