Um documento obtido pela força-tarefa da Lava Jato, no Ministério Público Federal (MPF), comprova o papel do ex-gerente da Transpetro no Nordeste José Antônio de Jesus como operador da propina arrecadada sobre contratos da subsidiária da Petrobras e repassada a políticos baianos de 2010 a 2014.
No conjunto de arquivos apreendidos em 2017 pela Operação Sothis, 47ª fase da Lava Jato, consta uma procuração em que José Antônio assume plenos poderes para movimentar contas bancárias e recursos da empresa JRA Transportes, apontada como destinatária de repasses ilícitos originados do esquema.
O documento foi assinado em 2011 e registrado em cartório pelo então sócio do ex-gerente, o empresário José Roberto Soares Vieira, executado em janeiro deste ano após delatar o pagamento de propina na Transpetro.A procuração está anexada pelo MPF ao pedido de condenação de José Antônio de Jesus por corrupção passiva e ocultação de bens.
Coluna Satélite/Correio*