O governador Rui Costa (PT) afirmou que fará substituição de 275 diretores de escolas da rede estadual que não podem atuar em tempo integral. Segundo ele, a exigência por exclusividade foi estabelecida depois do aumento na gratificação.
“Estamos substituindo esses diretores por diretores que possam se dedicar à escola. Sei que aqui ou ali alguém pode criticar essa decisão, mas eu não posso aceitar que alguém que seja diretor de uma escola com uma escola em Barra do Choça tenha vínculo de emprego em Brumado, a 171 km. Eu me pergunto ele tem condições, que horas ele vai ser diretor. Você acha que alguém que é diretor em Salvador pode ter contrato com a prefeitura de Amélia Rodrigues?”.
Em entrevista a rádios do interior do estado na última sexta-feira (11), o governador argumentou que em muitas unidades, onde há diretores por tempo integral o rendimento escolar é melhor.
“O exemplo que eu quero seguir são desse 80%, que estão dedicados à escola. E aqueles que, eventualmente, têm outra atividade poderão conseguir exercer sua atividade só que não mais sendo diretor.
Ninguém está proibido de ter outra atividade profissional, poderá continuar a exercer outra atividade profissional, mas não mais na função de diretor. Pode ser professor de uma escola em Salvador e vir trabalhar em Amélia Rodrigues, ou pode ser professor em Barra do Choça e tentar trabalhar em Brumado. Eu não sei como ele vai conseguir, mas de qualquer forma, ele pode, se conseguir”.
Na manhã da última sexta-feira (11), diretores de escolas estaduais realizaram um protesto em frente à Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB). Segundo a APLB-Sindicato, a categoria mantém posição contrária à medida e exige a revogação imediata da lei.
“Das 295 escolas que visitei, eu posso dizer que os melhores exemplos, os melhores resultados vêm de uma figura, da liderança do diretor. Ele é capaz de mobilizar a família, professores, estudantes. Eu acredito muito nessa figura chamada diretor escolar”, completou Rui Costa.
BNwes/ Figueiredo