Política

Diretor da PRF acionado pelo STF tem processos sob sigilo de 100 anos

Entre os casos, tem a agressão a um frentista e suspeita de recebimento de propina

Agência Brasil
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O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasquez, foi ameaçado de prisão por desobediência pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, por não atuar para resolver o bloqueio de estradas por caminhoneiros bolsonaristas.

Ele tem no currículo, contudo, muitas outras polêmicas, como a agressão a um frentista. Ele também já pediu que seguidores votassem em Bolsonaro e tem oito inquéritos sob sigilo de 100 anos.

Diversas estradas foram bloqueadas nos últimos dias por eleitores de Bolsonaro que não se conformam com a vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pedem intervenção militar.

Vasquez foi nomeado por Bolsonaro em abril de 2021 e tem uma relação próxima com o filho mais velho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

Natural de Ivaiporã, interior do Paraná, Vasquez foi criado em Santa Catarina e tem 47 anos. Ele faz parte do quadro da PRF desde 1995, e tomou posso do cargo na direção-geral após Anderson Torres assumir o Ministério da Justiça.

O atual diretor da PRF tem diversas fotos com o presidente Bolsonaro, com Torres e com a primeira-dama Michelle Bolsonaro.

No caso da agressão ao frentista, a União precisou pagar R$ 52 mil em indenização à vítima, após o policial bater nele por ter se recusado a lavar o seu carro. O crime ocorreu em 2000.

A AGU tenta desde então cobrar de Vasquez o valor pago, que pela correção já chegou a R$ 99 mil.

Entre outras sindicâncias contra ele e que estão sob sigilo também tem a suspeita de que cobrava propina da uma empresa de guincho que atuava em Joinville, Santa Catarina.