O ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu chegou por volta das 13h no prédio da Justiça Federal, em Curitiba, para depor como réu em ação penal da Operação Lava Jato. Dirceu é acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
O depoimento de Dirceu é aguardado com grande expectativa. Ao contrário de outros réus do mesmo processo, como seu próprio irmão, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, e seu ex-assessor Roberto Bob Marques, que ficaram em silêncio, o ex-ministro vai falar, segundo seus advogados.
O interrogatório de Dirceu preocupa o PT. Dirigentes do partido temem que estratégia de defesa do ex-ministro atribua nomeações para a Petrobrás à sigla e abra novo flanco de investigação. O criminalista Roberto Podval, que coordena a defesa de Dirceu, diz que ele vai falar sobre a acusação que lhe foi feita pela Procuradoria da República – recebimento de propinas no âmbito da Petrobrás por meio de sua empresa JD Assessoria e Consultoria.
Também é aguardado para a tarde desta sexta-feira o novo depoimento do empresário ligado ao PT Fernando Moura, delator da Lava Jato. Na quinta-feira, 28, Moura confessou ao Ministério Público Federal ter mentido para o juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações da Lava Jato, durante seu interrogatório, no dia anterior. Vai depor nesta tarde o empreiteiro Gérson Almada, um dos sócios da Engevix. Os interrogatórios estão marcados as 14h.
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