Política

Dino diz que pastor Valadão vai responder por incitar fiéis contra pessoas LGBT+

O senador Fabiano Contarato (PT-ES) apresentou uma representação no Ministério Público Federal, requerendo que "sejam tomadas as devidas providências em relação aos crimes praticados por André Valadão". O documento pede apuração de possível crime, prisão preventiva e reparação por danos morais coletivos de pelo menos R$ 1 milhão que seria destinado ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos.

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O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou nesta terça-feira (4) que o pastor André Valadão responderá legalmente por "propagar ódio contra as pessoas". Em uma pregação em português na Igreja Lagoinha de Orlando, nos Estados Unidos, o pastor afirmou que se Deus pudesse, "matava tudo e começava de novo", em referência às pessoas LGBT+. Em seguida, incitou os fiéis: "vamos para cima".

"O suposto cristão que propaga ódio contra pessoas, por vil preconceito, tem no mínimo dois problemas. Primeiro, com Jesus Cristo, que pregou amor, respeito, não violência contra pessoas. "Amar ao próximo como a si mesmo", disse Jesus. Segundo, com as leis, e responderá por isso", afirmou Dino no Twitter, sem citar o nome de Valadão.

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou nesta segunda-feira, 3, um procedimento para apurar possível homofobia praticada pelo líder religioso durante transmissão de um culto pelo YouTube. O procedimento é de autoria do procurador regional dos Direitos do Cidadão (PRDC) no Acre, Lucas Costa Almeida Dias

O senador Fabiano Contarato (PT-ES) apresentou uma representação no Ministério Público Federal, requerendo que "sejam tomadas as devidas providências em relação aos crimes praticados por André Valadão". O documento pede apuração de possível crime, prisão preventiva e reparação por danos morais coletivos de pelo menos R$ 1 milhão que seria destinado ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos.

Também nesta segunda, a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) enviou uma representação ao Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) contra o pastor André Valadão por ele ter sugerido "que fiéis matassem pessoas LGBTs, durante seu culto".