A presidente Dilma Rousseff viajou na tarde desta sexta-feira (12) para São Paulo onde tem um encontro previsto com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar de a viagem não ter sido confirmada pela Secretaria de Imprensa da Presidência (SIP), petistas garantem que Dilma terá a agenda extra-oficial acompanhada do ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner. No sábado (13), Dilma e Wagner participam do "faxinaço" contra o vírus zika. Ela no Rio de Janeiro e ele em São Luís.
Lula está reunido desde cedo com cerca de 30 integrantes do conselho do Instituto Lula, na capital paulista, além de amigos e aliados petistas. O presidente nacional do partido, Rui Falcão, o ex-presidente regional do PT-SP Paulo Frateschi também estão presentes, além do deputado Arlindo Chinaglia (SP), da socióloga Maria Victoria Benevides e do ex-presidente da CUT Artur Henrique.
A expectativa é que o encontro de Dilma, Wagner e Lula não seja no Instituto, onde acontece a reunião,e sim em um hotel onde costumam se reunir. A última vez que o ex-presidente esteve com Dilma fora em 5 de janeiro, no Palácio do Alvorada, na véspera do depoimento dele à Operação Zelotes. Depois disso, uma série de denúncias sobre o uso do sítio em Atibaia (SP) desgastaram o ex-presidente, que não voltou a falar com a sucessora na linha presidencial.
Apesar do silêncio entre eles, interlocutores palacianos afirmam que Dilma teria pedido ao ministro Jaques Wagner repassasse aos líderes da base aliada na Câmara o apelo para que defendam publicamente o ex-presidente perante às inúmeras denúncias. Na primeira reunião com o colégio de líderes da base, Wagner ressaltou que Lula estaria sendo vítima de “perseguição” e cobrou que a história de Lula precisaria ser “respeitada”.