A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) disse que gosta “muito” do marqueteiro João Santana, que nesta terça-feira (4) anunciou que fará delação premiada. De acordo com a coluna de Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, a petista, no entanto, afirmou que vai ter “muita dificuldade” se ele “falar coisas que não são reais” sobre ela no acordo do publicitário com Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O depoimento do baiano já foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Dilma disse acreditar que existia uma conta-corrente, mas não entre o empreiteiro Marcelo Odebrecht e a campanha dela e sim entre Odebrecht “e quem dirigia a operação do João Santana, que todos diziam que era a Mônica Moura [mulher do marqueteiro]”. Ainda segundo a coluna, ela chegou à conclusão por trechos do depoimento em que Odebrecht “fala que pagava o João Santana dois, três anos depois [de serviços prestados em campanhas eleitorais]. Se é verdade isso, há uma conta corrente porque tem fluxo constante de caixa”, contou
A ex-presidente nega a afirmação do empreiteiro de que R$ 20 milhões foram pagos a Santana no caixa dois pelo marketing da campanha presidencial de 2014. “Por que eu pagaria R$ 70 milhões para o João Santana em caixa um [valor declarado oficialmente ao TSE] e R$ 20 milhões em caixa dois? Por que, hein?”, questionou.
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