Política

Derrotado, ex-prefeito tranca prefeitura antes de posse de sucessor na Bahia

Segundo moradores, ex-gestor alega ser dono do imóvel em Milagres

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 src=Derrotado nas eleições de 2016, o agora ex-prefeito do município de Milagres, a cerca de 230 quilômetros de Salvador, Raimundo Silva Galego, trancou a sede da prefeitura com cadeados e tapumes dias antes do seu sucessor tomar posse. Ele alega, segundo os moradores, ser dono do prédio onde funciona a sede do executivo municipal.

O prefeito eleito, César Machado, diz que mesmo empossado desde o dia 1º de janeiro, não está conseguindo trabalhar por causa do problema. Segundo a população, desde o dia 15 de dezembro o prédio da prefeitura está trancado. Desde então, todas as secretarias de governo precisaram ser transferidas para outros imóveis.

As secretarias de Administração e Finanças agora funcionam em um prédio, que, segundo o governo atual, não passa por reforma há 15 anos. Já a secretaria de Saúde foi instalada em salas que estavam desativadas no hospital da cidade. Na sala de ultrassom, que está sem funcionar porque o aparelho está quebrado, funciona agora a coordenação de atenção básica.

O restaurante popular do município, que atende cerca de 100 pessoas por dia, também foi fechado.

A reportagem procurou o ex-prefeito Raimundo Silva Galego nos estabelecimentos que ele tem na cidade, mas os funcionários informaram que ele não estava. Enquanto a situação não é resolvida, o atual prefeito César Machado diz que não consegue despachar.

"Não nos foi entregue os documentos importantes e as informações pertinentes para dar continuidade à administração pública, de maneira que prejudicou totalmente a população de Milagres", afirmou.

A gestão atual informou que vai notificar o ex-prefeito para que ele apresente os documentos que comprovem que ele é proprietário dos imóveis. Se isso ficar comprovado, serão solicitado os contratos de aluguel ou de cessão dos imóveis à prefeitura durante a gestão dele. O novo prefeito disse ainda que vai denunciar o caso ao Ministério Público.

Reprodução: G1