O governador Rui Costa (PT) comparou o processo de impeachment da então presidente Dilma Roussef em 2016 a uma 'facada', durante discurso no evento do Programa de Governo Participativo (PGP), na cidade de Jequié, interior da Bahia.
Segundo o petista, também mão existe nada que justifique apoiar o governo Bolsonaro e seus aliados, indicando o risco de traição em eventual mandato de Lula (PT).
“Não tem porque o povo da Bahia votar em Lula e votar nessa turma aliada de Bozo. Para que? Para traírem Lula?”, questionou, ao lembrar da perseguição do governo Bolsonaro contra a Bahia e o Nordeste, e da posição de parte da bancada baiana no Congresso Nacional, ligada ao ex-prefeito de Salvador, que votaram a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). “Os lobos se vestem com pele de cordeiro e o que fazem depois de eleitos? (…) [Em 2017] deram uma ‘facada’ em Dilma, tiraram a Dilma e afundaram o Brasil”, alertou Rui.
Cotado para assumir um ministério em caso de vitória petista, Rui vê o seu candidato a sucessor, Jerônimo Rodrigues (PT), a uma distância de até 50 pontos percentuais em pesquisas de intenções de voto de ACM Neto (UB). No entanto, quando o ex-secretário de Educação é associado à figura do ex-presidente Lula, chega a empatar tecnicamente com o ex-prefeito de Salvador.
“Temos que continuar com o governo que cuida de gente, que vai ajudar a reconstruir o Brasil. Temos que ter um governador que não vai juntar os deputados [federais] para dar uma rasteira no presidente Lula, e quem terá condições de sentar para almoçar ou jantar com Lula e reivindicar as coisas para a Bahia será Jerônimo, e não tenho dúvida que Jerônimo dará sequência a esse nosso jeito de governar e de cuidar das pessoas”, defendeu Rui.
Além de Jerônimo e Rui, participaram do PGP em Jequié, o pré-candidato a vice-governador, Geraldo Júnior (MDB), o pré-candidato a senador, Otto Alencar (PSD), além de 28 prefeitos e prefeitas da região, oito vice-prefeitos, 14 ex-prefeitos, dezenas de vereadores, deputados estaduais e federais, lideranças políticas e mais de seis mil simpatizantes, que lotaram o Jequié Tênis Clube.
