As articulações políticas que levaram o PP para a base do ex-prefeito ACM Neto, e o MDB para formar aliança com o PT no estado, movimentou o tabuleiro às vésperas do fim da janela partidária.
Até o fim desta sexta-feira (1°), quando encerra o prazo para a migração, novas mudanças serão sacramentadas.
O Portal Salvador FM fez um levantamento dos deputados estaduais que mudaram de partido para buscar a reeleição e se acomodar de acordo com seus interesses.
Junior Muniz, que já tinha deixado o PP, foi para o PT, mesmo destino de Euclides Fernandes, que saiu do PDT, partido que oficializou nesta quinta-feira (31) a sua mudança para assumir a oposição ao governo na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).
Expulso do PDT por se alinhar ao governo Bolsonaro e marcar presença em protestos antidemocráticos no último 7 de setembro, Samuel Jr. ainda não teve o destino selado. Ele pode desembarcar no Republicanos, tomando o mesmo rumo do deputado federal Alex Santana, que deixou o PDT pela mesma razão.
Os bolsonaristas Capitão Alden e Talita Oliveira, ambos do extinto PSL, que se fundiu ao DEM dando origem ao União Brasil, decidiram se filiar ao mesmo partido do presidente Jair Bolsonaro, o PL.
Rompido com a governo Rui Costa (PT) ainda antes da decisão do vice-governador João Leão (PP) de apoiar a pré-candidatura de ACM Neto ao Governo da Bahia, o deputado estadual Robinho se filiou ao partido do ex-prefeito, o União Brasil.
Genro de Marcelo Nilo (Republicanos), ainda cotado para a chapa com Neto, podendo ser candidato ao Senado ou até vice, Marcelinho Veiga é outro a se filiar ao UB. O partido recebe ainda o deputado Dal, que era do PP.
Tum deixou o PSC e se filiou ao Avante, do deputado federal Pastor Isidorio, aliado de Rui.
Sem compor a vice, como foi ventilado com o nome da deputada Lídice da Mata, o PSB pode abrigar o deputado Roberto Carlos, do PDT, que já havia avisado o partido que permaneceria ao lado do governo. A sua filiação ainda não foi confirmada, mas pode ser anunciada até o fim do dia.
Fontes revelaram que Roberto Carlos deve conversar nesta tarde com o governador Rui Costa (PT) para selar a sua decisão.
Quem também vive um impasse é o deputado Vitor Bonfim, que pertence ao PL, de Bolsonaro. Aliado ao governo na Bahia, ele chegou a negociar com o PSB, mas a tendência é que se filie ao MDB.