Política

Deputados federais pedem reembolso de R$ 754,3 mil no primeiro mês de pandemia

Segundo dados do portal transparência da Câmara dos Deputados, Charles Fernandes solicitou retorno de R$ 64,1 mil à Câmara

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Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

 

Faz um mês desde que o Ministério da Saúde declarou transmissão comunitária do novo coronavírus em todo o país. A ação deixou todos em alerta sobre a necessidade de iniciativas que freassem a disseminação do Sars-CoV-2 no país. Mas desde o começo daquele mês o sinal de alerta já se acendia: em 5 de março ocorreu a primeira transmissão interna do vírus, e o país monitorava mais de 600 casos suspeitos da doença.

Daquele dia até esta quinta-feira (23), o número de casos soltou. Passa de 46,3 mil o número de pessoas contaminadas e se aproxima de 3 mil o número de óbitos. Nesse intervalo, os deputados federais baianos pediram reembolso de R$ 754.331,29 à Câmara dos Deputados. Os dados constam no site da Casa, referentes à cota parlamentar dos meses de março e abril.

O deputado Charles Fernandes (PSD-BA) aparece no topo do levantamento feito pelo bahia.ba. O parlamentar solicitou reembolso de R$ 64.186,26, considerando os dois meses.

Em março, os maiores gastos foram com locação ou fretamento de aeronaves, quando gastou R$ 15 mil, e com divulgação de atividade parlamentar em emissoras de rádio de Guanambi e com assessoria de comunicação – algo em torno de R$ 14 mil. Em abril, os gastos com divulgação foram mantidos e acrescido ao lançamento a contratação de empresa para produção de vídeos e artigos, mas referente ao mês de fevereiro.

Importante destacar que, como o mês de abril ainda não chegou ao fim, não podemos dar como encerrados os lançamentos referentes a esse período. Nem todos os parlamentares, inclusive, solicitaram reembolso para esse mês até a data de coleta dos dados. Ainda que considerássemos apenas o mês de março, o deputado Charles Fernandes seguiria no topo dos maiores reembolsos.

Em contato com o bahia.ba, o parlamentar explicou que o gasto é decorrente da decisão de ir a Brasília de avião, e não mais de carro.

“Viajei o ano de 2019 todinho de carro para Brasília, novas horas pra ir e nove horas pra voltar. Esse ano fiz três viagens de avião por causa de problema na coluna. Onde moro, em Guanambi, não tem linha aérea regular pra nenhum lugar. Pra sair de Guanambi pra Salvador e de Salvador pra Brasília, teria que viajar oito horas de carro pra Salvador, depois de avião pra Brasília”, justificou o deputado.

 

Bahia..ba///  Figueiredo