De olho na possibilidade de um novo mandato do deputado estadual Adolfo Menezes (PSD) na Presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), parlamentares da Casa estão se movimentando para ocupar uma das quatro vagas da vice-presidência, a partir de 2025.
Atualmente, os ocupantes dos postos são os seguintes: Zé Raimundo (PT), Marquinho Viana (PV), Antônio Henrique Jr (PP) e Laerte do Vando (PSC). Contudo, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) em tramitação na AL-BA pode fazer com o que o cenário volte a ser como era em 2017, quando um deputado estadual poderia, por inúmeras vezes, ser reeleito à Presidência.
A movimentação – que conta com o apoio de 47 dos 63 parlamentares – pode, no entanto, vir "por água abaixo" caso o Supremo Tribunal Federal (STF) mantenha a jurisprudência de que não é permitida a reeleição, para os cargos das mesas diretoras, das Casas, na mesma legislatura.
Enquanto o cenário não é descortinado, alguns deputados tem se movimentado nos bastidores para ocupar as vices, sendo dois do PP (Nelson Leal e Niltinho), dois do PV (Vitor Bonfim e Marquinho Viana), um do PSD (Ângelo Coronel Filho) e outro do União Brasil (Marcelinho Veiga). Dentro do ninho petista, um postulante é o parlamentar Júnior Muniz.
Muniz inclusive, na eleição para a Mesa Diretora, em fevereiro deste ano, chegou a abrir mão de concorrer à vice-presidência por ter recebido, segundo ele, uma promessa do líder governista da AL-BA, Rosemberg Pinto (PT), de que assumiria a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, mas que não ocorreu – o cargo é ocupado pela deputada Maria Del Carmen (PT).
"Outros deputados do PT vêm ocupando ou já ocupam posições de destaque na Assembleia, e temos uma regra de revezar isso", disse Muniz ao Política Livre.