Política

Deputados do PDT só devem votar a favor de voto impresso se houver mudança no texto

No entanto, para o deputado baiano Félix Mendonça Junior, o voto impresso auditável traria mais segurança ao processo eleitoral brasileiro

Divulgação
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A bancada do PDT na Câmara dos Deputados se reuniu nesta terça-feira (10) para discutir a votação do projeto do voto impresso auditável apresentado pela deputada Bia Kicis (PSL). De acordo com o deputado baiano Félix Mendonça Júnior, os membros da sigla só devem votar a favor do texto se houver mudanças no texto.

O substitutivo de Bia Kicis, que foi rejeitado em comissão especial, não é bem visto pela bancada do PDT. A mudança considerada mais grave pelos pedetistas prevê que a apuração do resultado das eleições passaria a ser feita nas sessões eleitorais, pela mesa receptora de votos, exclusivamente de forma manual. De acordo com o partido, esta medida atrasaria a contagem e divulgação do resultado do pleito, além de permitir interferências externas no processo de apuração.

“O dispositivo apresentado no substitutivo permite que cada seção eleitoral, após a contagem dos votos, envie o resultado para a autoridade estadual, que consolidaria a totalização e só então encaminhar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Desse modo, a impressão do voto não teria caráter de auditoria, mas passaria a ser a forma exclusiva de apuração”, afirmou Félix. 

"Nós votaremos contra se não houver alteração na proposta para garantir a impressão do voto apenas para efeito de auditagem e conferência futura, como sempre defendemos. Essa bandeira do voto impressa é antiga no PDT, e vamos continuar lutando por ela, mas não podemos votar a favor do texto como ele está, pois isso seria um retrocesso", ressaltou o parlamentar. 

Para o deputado baiano, o voto impresso auditável traria mais segurança ao processo eleitoral brasileiro. “O que defendo, e o PDT também defende, é que o processo de votação e de apuração continuem sendo feitos de forma rápida e eletrônica. A única mudança ao sistema atual seria a colocação de um recipiente lacrado ao lado da urna como ela é hoje, onde o voto do eleitor seria impresso sem qualquer identificação após a votação. Esse voto impresso seria guardado nesse recipiente lacrado para, se for o caso, conferência futura, em processo de auditagem”, pontuou.