A morte do jovem congolês, Moise Kabagambe, de 24 anos, espancado após cobrar pagamentos atrasados a seus chefes de um quiosque em que trabalhava no Rio de Janeiro, chocou todo o Brasil. Na Bahia, deputados se manifestaram sobre o caso trágico ocorrido no último dia 24, como o petista Jorge Solla (PT), que atribuiu o episódio à milícia carioca.
"Não foram movimentos identitários que torturaram até a morte o congolês Moïse. Foram milicianos racistas, que agiram sob forte sentimento de legitimidade e impunidade devido o racismo estrutural. Essa é a maior chaga social do Brasil, que não tem nada de cordial #justicaparaMoise", escreveu o ex-secretário de Saúde da Bahia no Twitter nesta terça-feira (1°).
Não foram movimentos identitários que torturaram até a morte o congolês Moïse. Foram milicianos racistas, que agiram sob forte sentimento de legitimidade e impunidade devido o racismo estrutural. Essa é a maior chaga social do Brasil, que não tem nada de cordial #justicaparaMoise pic.twitter.com/kY9h0VFiVv
— Jorge Solla (@depjorgesolla) February 1, 2022
O deputado federal Afonso Florence (PT) também culpou o racismo estrutural e pediu que os "culpados" pela morte do jovem imigrante sejam devidamente responsabilizados.
"O assassinato do jovem Moise Mugenyi Kabagambe, em um quiosque de praia no Rio de Janeiro evidência, mais uma vez, como o racismo estrutura as relações, e fomenta a violência, além da de Estado, a civil. Tem q haver investigação rigorosa e punição dos culpados. #justicaparaMoise", disse o parlamentar.
O caso aconteceu no quiosque Tropicália, na praia da Barra da Tijuca.
O assassinato do jovem Moise Mugenyi Kabagambe, em um quiosque de praia no Rio de Janeiro evidência, mais uma vez, como o racismo estrutura as relações, e fomenta a violência, além da de Estado, a civil. Tem q haver investigação rigorosa e punição dos culpados.#justicaparaMoise
— Afonso Florence (@AfonsoFlorence) February 1, 2022
Hilton Coelho (PSOL), deputado estadual, lembrou o passado de refúgio de Moise da guerra civil no Congo, que veio para o Brasil em busca de oportunidade e terminou morto de forma "covarde".
Escapou de morrer na guerra civil no República Democrática Congo e foi morto de forma covarde no Brasil, na República Miliciana do Rio de Janeiro. Justiça para Moise Mugenyi Kabagambe!#RacismoEstrutural#RacismoInstitucional#BastaDeRacismo pic.twitter.com/BUjMqI29HG
— Hilton Coelho – PSOL BA (@Hilton_Coelho) February 1, 2022
Novos vídeos enviados à polícia mostram Moise sendo agredido por pelo menos 20 minutos. O espancamento ocorreu enquanto o quiosque funcionava normalmente, com um dos funcionários no balcão.
Após a sessão de agressões, os criminosos tentam reanimar Moise, mas não conseguem. Segundo informações do UOL, eles molham os pulsos do congolês com água gelada, mas ele já não reage.