O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Marcelino Galo (PT), disse que a Reforma da Previdência proposta pelo governo Michel Temer (PMDB) “praticamente inviabiliza a aposentadoria das trabalhadoras e dos trabalhadores rurais”, além de prejudicar “duramente as mulheres e trabalhadores da educação”. Para Galo, que é engenheiro agrônomo, a proposta que tramita na Câmara Federal sob o título de PEC 287 visa garantir “única e exclusivamente” o “lucro dos rentistas e especuladores do mercado financeiro” por meio do pagamento dos juros da dívida pública. Se aprovada a nova regra,os trabalhadores rurais só poderão se aposentar com idade mínima de 65 anos e 25 anos de contribuição para o INSS. Mas para ter direito ao valor integral da aposentadoria os trabalhadores terão que contribuir durante 49 anos com a Previdência.
“Esse é um massacre contra os trabalhadores do campo que dependem da produção, não tendo, via de regra, renda fixa, e ainda enfrentam a diminuição da renda por conta de fenômenos climáticos como as secas. Esta reforma acaba com a aposentadoria especial para esses trabalhadores. Não nos resta outra saída a não ser lutar contra essa reforma ”, disse Galo, que considerou a reforma como um dos fatores que contribuíram para o impeachment da ex- presidente Dilma Rousseff.
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