O deputado bolsonarista Carlos Viana (PL) acusou os aliados do presidente eleito Lula (PT) de utilizarem a PEC da Transição para ter uma sobra de recursos e poder "gastar" sem critérios.
Segundo o parlamentar, o dinheiro previsto pelo Orçamento já garante boa parte do custeio do Auxílio-Brasil, que voltará a se chamar Bolsa-Família. O valor proposto na PEC, portanto, deixaria sobras.
"O único consenso é liberar os R$ 50 bilhões para manutenção do Auxílio-Brasil. O que se propõe é criar R$ 175 milhões para o Bolsa-Família, mas já tem R$ 105 milhões previstos", justificou Viana em entrevista coletiva nesta terça-feira (23).
"Esse dinheiro está sobrando, eles querem par gastar. Nós esperávamos para o próximo governo criar uma janela no excesso de arrecadação, para completar R$ 600. Eles estão usando a janela para ter mais dinheiro […] isso vai desequilibrando o tesouro", completou.
Líder do PT no Senado, Paulo Rocha (RS) garante que o partido não vai abrir mão do prazo de quatro anos para ter o pagamento do Bolsa-Família fora do teto de gastos.