Política

Deputado despista sobre indicação a secretaria, mas diz: "Convite de governador é convocação"

Formado em História, Florence é professor universitário e compõe o gabinete de transição do governo Lula na área de Cidades

Agência Câmara
Agência Câmara

Professor universitário, o deputado federal Afonso Florence (PT-BA), despontou nos últimos dias como um dos possíveis nomes a compor o secretariado do governador eleito Jerônimo Rodrigues (PT), como titular da pasta da Educação.

Formado em História, Florence compõe o gabinete de transição do governo Lula na área de Cidades, exercendo um trabalho técnico que lhe tem ocupado a maior parte do seu tempos nos últimos dias.

Segundo o petista, o foco no cargo atual o fez ficar de fora das últimas movimentações nos bastidores políticos da Bahia.

Em conversa com o Portal Salvador FM na manhã desta terça-feira (7), o parlamentar garantiu que ainda não recebeu nenhum convite formal de Jerônimo, mas se colocou à disposição para ajudar caso seja chamado.

Fontes ligadas à base petista no estado confirmaram que o nome de Florence é bem cotado para ocupar a pasta, que foi chefiada por Jerônimo.

Florence se diz capaz de tocar a Secretaria de Educação, relembrando as suas experiências em diferentes setores como Ministro do Desenvolvimento Agrário do governo Dilma Roussef, na área de Desenvolvimento Urbano, assim como o seu envolvimento no campo tributário e preservação ambiental.

Apesar de garantir que até o momento não houve nenhuma conversa, Florence despista e sugere que caso surja a proposta deve aceitar e compor o governo que vai emplacar o quinto mandato do PT no estado.

"Desde quando Wagner ganhou a primeira vez, eu já dizia: convite de governador, de presidente, não é convite, é convocação", afirmou o petista, que conhece as nuances que influenciam a escolha de Jerônimo.

"Nós elegemos um governo de frente ampla pela democracia, onde existem partidos aliados. A montagem do governo combina parâmetros técnicos e políticos, e eventualmente alguém muito competente pode não ser convidado", complementa.

Sobre a estratégia de fazer as nomeações com o compromisso de acomodar quadros que não se elegeram, como o caso de Josias Gomes (PT-BA), primeiro suplente do partido na Câmara, Afonso Florence acredita que não deve ser o fator principal para a escolha.

Apesar da composição da bancada ser importante, o cargo de secretário deve obedecer primeiro à capacidade técnica relacionada à pasta.

"A nomeação ocorre em função da conveniência do governo, não da bancada. Claro que Josias merece ser deputado, mas a montagem do governo tem que seguir a prioridade de interesse da gestão pública", salienta.