O inquérito aberto na última terça-feira (26) pela Polícia Federal (PF) para investigar o caso da liberação de R$ 4,2 milhões em emendas parlamentares levou em conta suspeitas aventadas por quatro congressistas, entre eles deputado federal baiano José Rocha (União).
Na segunda-feira (23), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, suspendeu o pagamento das emendas e determinou também a instauração de inquérito pela Polícia Federal.
Antes, em agosto, o magistrado havia suspendido essas emendas por falta de transparência sobre os autores e o destino dos recursos, mas no início deste mês, ele liberou os pagamentos desde que seguissem as regras de transparência.
Contudo, o PSOL entrou com o pedido de suspensão das emendas na Corte, alegando que parte desse dinheiro foi encaminhado para Alagoas, estado do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP).
Conforme o colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles, no resumo dos fatos investigados, a PF apontou a necessidade de “apurar possíveis práticas criminosas na liberação/destinação de emendas parlamentares”, após suspeitas aventadas pelo senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG), e pelos deputados federais Adriana Ventura (Novo-SP), José Rocha (União-BA) e Glauber Braga (PSol-RJ).
Em sua decisão, Flávio Dino citou declarações dadas pelos deputados José Rocha e Adriana Ventura afirmando que os parlamentares das comissões temáticas não tinham participação na escolha das emendas do colegiado.
Contudo, o estopim, ainda segundo o colunista, foi um documento enviado por líderes partidários referentes a mais de 5 mil emendas de comissão, mesmo com as reuniões dos colegiados suspensas na última semana de votação.