Política

Deputada federal pede prisão de Bolsonaro após ato no Rio de Janeiro

PGR recebeu representação de deputada federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) neste domingo (17)

Deputada federal pede prisão de Bolsonaro após ato no Rio de Janeiro
Ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Isac Nóbrega/PR

A deputada federal Duda Salabert (PDT-MG) pediu a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), após o liberal participar de um ato, no Rio de Janeiro, no qual pediu a anistia aos presos pelos ataques à democracia no dia 8 de janeiro de 2023.

A parlamentar ingressou com uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR), na noite de domingo (16). No documento, a pedetista pontuou que “Bolsonaro proferiu declarações que afrontam diretamente a ordem democrática e a segurança institucional do país”.

Salabert citou algumas frases ditas por Bolsonaro, as quais ela considera representarem “tom conspiratório”, incentivando “dúvidas sobre a idoneidade do processo eleitoral”.

“O que eles querem aqui no Brasil é fazer igual na Venezuela. Quando a inelegibilidade está ameaçada para eles, inventam uma historinha de golpe. Que golpe foi esse que eu tenho que provar que não dei? Tem que ser ao contrário, eles tem que provar que eu tentei. E só não foi perfeito, essa historia de golpe para eles, porque eu estava nos Estados Unidos, porque se eu estivesse aqui, estaria preso até hoje, morto por eles. Eu vou ser um problema para eles, preso ou morto. E não vai ser uma pessoa que vai me derrotar, que vai me intimidar”, disse Bolsonaro, na ocasião.

Deputada federal Duda Salabert (PDT-MG) – Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Na avaliação da deputada, a permanência do discurso representa um risco à democracia, “pois alimenta a insatisfação de grupos extremistas que, no passado, já praticaram atos violentos contra as instituições democráticas”.

Ainda na denúncia, ela pede a instauração de procedimento investigatório para apurar a responsabilidade penal de Bolsonaro pelas declarações feitas no ato realizado na praia de Copacabana, e a adoção de medidas cautelares, tais como a suspensão do uso de redes sociais e a proibição de participação em eventos públicos que possam servir como uma oportunidade para novas incitações antidemocráticas.

Ao lado de Bolsonaro, Silas Malafaia chama Moraes de ‘criminoso’ em ato pró-anistia

O pastor Silas Malafaia organizou o ato pró-anistia aos envolvidos no 8 de janeiro, que aconteceu neste domingo (16), no Rio de Janeiro. No local, o líder religioso chamou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de “criminoso”.

“O ministro Alexandre de Moraes é um criminoso”, disse Malafaia durante discurso.

Além disso, o pastor afirmou que o ministro não pode presidir o inquérito pois, segundo ele, o magistrado está diretamente ligado à tentativa de golpe.

“Ele não pode presidir esse inquérito porque ele é vítima”, denunciou.

Mesmo antes do início do evento, o pastor chamou Moraes de “ditador” e afirmou que Brasil vive uma “perseguição política”.

“Ele é um ditador, que está extrapolando todas as leis do nosso país. É uma verdadeira perseguição política como a gente nunca viu na história”, disse.

O encontrou contou com inúmeros líderes e políticos da direita, inclusive com a participação do ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL). Além dele e de Silas Mafalaia estiveram presentes os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), além do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), e do deputado federal baiano Capitão Alden.