As investigações do Inquérito dos Portos, que andam em ritmo acelerado, podem alterar os rumos da defesa do presidente Michel Temer.
De acordo com a Coluna do Estadão, do jornal O Estado de S. Paulo, uma tese para responsabilizar unicamente o coronel João Baptista Lima Filho por receber supostos recursos indevidos de empresas do setor portuário começa a ser montada.
O objetivo é claro, mostrar que amigos podem trabalhar juntos, mas não necessariamente serem responsáveis pelos atos uns dos outros. Para o Ministério Público Federal, o coronel Lima tinha o papel de auxiliar na arrecadação de propina que seria destinada a Temer.
Ainda segundo a publicação, além de ouvir o delator Lucio Funaro, o delegado Cleyber Malta, responsável pelo caso, deve se debruçar para cruzar as informações já levantadas e tentar refazer o caminho do dinheiro. Pela terceira vez, a PF prorrogou as investigações por 60 dias.
O presidente Michel Temer e o coronel Lima são amigos desde a década de 1980. Na época, o emedebista era secretário de Segurança de São Paulo e Lima, policial militar. Uma das suspeitas envolve a filha de Temer, Maristela, que admitiu ter recebido ajuda do coronel para reformar sua casa.
Fonte: Estadão // AO