Após lançar sua pré-candidatura à Presidência da República, o senador Alessandro Vieira (Cidadania) comentou sobre o atual cenário político brasileiro. O parlamentar disse ao Estadão que resolveu entrar na disputa por ser contra a polarização entre o atual presidente, Bolsonaro (sem partido) e o ex-presidente Lula (PT), fortes candidatos para assumir o cargo em 2022.
Alessandro afirma que não vê pautas como a defesa do combate à corrupção e a redução da miséria no centro do debate político no país.
“A gente não pode ser condenado a vida inteira a ter problemas de corrupção. Nenhum País está condenado a isso. E no cenário que a gente tinha, a discussão estava entre quem rouba mais ou quem rouba menos. Quem faz mais escândalos. E a gente não pode ter uma mediocridade tão grande. Tem de tentar avançar naquela renovação que a gente defende desde 2018″, disse o parlamentar.
Vieira avalia que outros candidatos apontados como alternativas para a terceira via têm dificuldade de lidar com o tema porque são “reféns de articulações partidárias que são incompatíveis com o combate à corrupção”.
“Há algum tempo, eu tenho contato com praticamente todos eles. Eduardo Leite, Luiz Henrique Mandetta, João Doria. O contato com o Ciro é que era um pouco mais distante, mas tenho conversado com pessoas do partido dele. E a gente não vê esse perfil. Ainda que eles tenham nas mãos até mesmo pesquisas que apontam essa demanda da sociedade, eles são refratários. Até porque, muitas vezes, são reféns de articulações partidárias que são incompatíveis com o combate à corrupção“, concluiu o pré-candidato.