O deputado federal Daniel Almeida (PCdoB) apontou que a união do PT com o MDB na chapa que concorre ao governo da Bahia nas eleições deste ano, é causada por uma “circunstância de momento”. Segundo Almeida, a história passada é lembrada, mas não pode ficar preso nesta.
“A vida política brasileira tem dessas coisas, nós temos poucos partidos com identidade programática, e muitos partidos, forças políticas que se ajustam a circunstância do momento. Às vezes, pessoal do centro vai pra lado, vai para outro. O projeto na Bahia tem um rumo, e esse rumo tem uma direção clara e a composição se faz de acordo”, iniciou sua fala ao Portal Salvador FM, durante o evento de anúncio da chapa majoritária governista, que acontece nesta quinta-feira (31), em Salvador.
“A gente não pode esquecer a história, mas não pode ficar preso no passado”, completou o deputado.
O MDB rompeu com o PT ainda na primeira gestão de Jaques Wagner, em 2009. À época, os emedebistas queriam mais espaço no governo, o que não foi concedido. Em 2010, Geddel Vieira Lima se candidatou ao governo do estado pelo MDB, concorrendo contra o atual senador petista.
Daniel Almeida pontuou que a suplência de senadores ainda precisa ser decidida após o novo cenário estabelecido entre o PT, MDB e PSD. “É o que falta para completar a chapa majoritária, e o conjunto dos partidos está discutindo, o PCdoB, inclusive, coloca como possibilidade a composição dessa chapa majoritária. O importante não são os nomes, temos muito, o fundamental é que todos os partidos políticos se sintam participando do projeto e a composição dessa chapa tem esse simbolismo. Espero que nos próximos dias a gente tenha a possibilidade de discutir amplamente e deliberar sobre isso”, explicou.
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