A ex-ministra da Família, Mulher e Direitos Humanos, Damares Alves, se pronunciou pela primeira vez, nesta quarta-feira (4), após a denúncia da morte de uma adolescente yanomami de 12 anos, após ter sido estuprada por garimpeiros.
Damares lembrou que o garimpo em terras indígenas já existe há décadas e que ela mesma ja vinha denunciando violência contra crianças, como o caso da menina de 11 anos morta e arremessada de um penhasco na Aldeia Bororó, em Dourados, no Mato Grosso.
"O estupro dessa menina nos chocou como nos chocou o estupro da menininha lá entre os Guarani Kaiowá. Infelizmente esse não é um caso isolado e a gente tem que se levantar como um todo no enfrentamento à violência contra meninas e mulheres indígenas", disse a ministra.
Segundo a ex-ministra de Bolsonaro, que deixou o cargo para disptuar a eleição, foi "muito bom" que o caso tenha repercutido para ampliar o debate sobre o assunto, mas que infelizmente a violência sexual contra indígenas "acontece todo dia". As informações são do UOL.
"Esse caso traz a questão do garimpo, mas quero lembrar que os garimpos estão em terras indígenas há mais de 70 anos, de forma irregular, e são muitas as violências. Esse caso dessa menina causou essa repercussão toda, e isso é muito bom porque a gente ainda vai conversar sobre violência sexual contra crianças indígenas. A gente não pode ser pautada por um só caso. Lamento, mas acontece todo dia", ressalta Damares.
No próximo dia 18 será lançado o Plano Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Criança e Damares garantiu que vai ajudar a consolidar o projeto.