O vereador e presidente da comissão de Constituição e Justiça da Câmara Municipal de Salvador, Alexandre Aleluia (DEM), afirmou durante sessão nesta terça-feira (8), que “cristão não apoia a esquerda”, de acordo com o edil a combinação é “ claramente incompatível”. A declaração do democrata veio após o vereador de Curitiba Renato Freitas (PT), liderar no último sábado (5), uma invasão à Igreja Nossa Senhora do Rosário, no centro da cidade.
”Eu tenho que citar o absurdo ocorrido em Curitiba, quando um bando de comunistas invadiram uma igreja, liderados pelo vereador Renato Freitas do Partido dos Trabalhadores em plena sessão eucarística, ou seja, um flagrante crime. De acordo com o código penal artigo 208”, destacou o edil.
Segundo Aleluia, o acontecimento não foi um ato isolado, para ele essa é uma “característica esquerdista”, afirmando que quando conversa com frequentadores da igreja, todos falam que “cristão não é de esquerda, não existe cristão de esquerda, porque é claramente incompatível. O esquerdista se ajoelha apenas a um partido, a uma ideologia e nós nos ajoelhamos apenas perante a Deus. Repito, cristão não apoia esquerda, cristão não tem como aceitar algo como isso”, alertou.
Para o vereador o ato liderado pelo edil curitibano demonstra que “esse pessoal tá com gosto de sangue e exalando enxofre”, acrescentando que a população brasileira deve se atentar. O democrata afirmou que o intuito da esquerda brasileira é “fazer igual fizeram com o Chile, incendiando igrejas, igual fizeram na União Soviética quando Lênin na década de 20 matou todos os padres, é o que eles sabem fazer: perseguir os cristãos ao redor do mundo”, destacou.
Entretanto, o líder da oposição na Casa, Augusto Vasconcelos (PCdoB), rebateu as falas de Aleluia, pedindo que fosse retificado em ata a afirmação de Aleluia de que “os comunistas teriam invadido o templo”.
Vasconcelos afirmou que o “Partido Comunisata do Brasil não participou de nenhum ato, e repudia veementemente qualquer tentativa de violação da liberdade de culto e da liberdade religiosa”. O comunista reiterou que a sigla incluiu na Constituinte de 1946 a liberdade de culto e o combate à intolerância religiosa, projeto encabeçado pelo ex-membro do partido, o escritor Jorge Amado.