Política

Cresce disputa por vaga em chapa de Rui

Após confirmar que tentaria a reeleição, Rui já tem aliados articulando para compor chapa

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Imagem relacionadaApós confirmar publicamente que seria candidato à reeleição em 2018, o governador Rui Costa (PT) já tem aliados se articulando para compor a sua chapa. Uma das movimentações mais comentadas ao longo da semana girou em torno do deputado estadual Pastor Sargento Isidório (PDT), que obteve 115 mil votos nas últimas eleições em Salvador e um crescimento político que o teria feito mirar a vaga de vice-governador ou uma cadeira no Senado. Outro é o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Marcelo Nilo (PSL), que também já deixou clara a intenção de virar senador daqui a dois anos.

“O governador é Rui, vou ser candidato a senador, mas tem muita água para passar por debaixo da ponte ainda. Vou aguardar e trabalhar. Você só alcança o objetivo se você lutar por ele, então vou querer ser candidato para senador”, declarou Nilo no mês passado ao site Blog do Anderson, em visita à cidade de Vitória da Conquista.
Por enquanto, ambos os parlamentares seguem lutando pelo comando da Assembleia Legislativa, que no início de 2017 escolhe um novo presidente. Nilo tenta conseguir apoio do PT para emplacar o sexto mandato, enquanto Isidório acaba de se lançar, amparado pelo próprio partido, o PDT.

Nesta seara de planos e interesses, o burburinho é direcionado mesmo ao PP e ao vice-governador João Leão, que expôs o desejo de retornar a Brasília, onde atuou como deputado federal. Comenta-se, entretanto, que deputados estaduais da sigla estariam prestes a romper com o governo estadual para apoiar o grupo do prefeito ACM Neto (DEM). Se de fato houver um rompimento da legenda, a informação é que Leão dispute o Senado na chapa da oposição. O vice-governador, todavia, negou categoricamente a possibilidade de fissura na base. “Nenhum deputado do PP disse a mim que está insatisfeito com a posição do nosso partido na Bahia. Pelo contrário, o PP, inclusive, pode ganhar a presidência da Assembleia fazendo parte da base do governo, na pessoa do deputado Luiz Augusto”, declarou ontem à Tribuna.

Por último, já é consenso dentro do PT que o ex-governador Jaques Wagner se eleja senador. Também foi comentado que o petista poderia concorrer à Câmara Federal, na tentativa de formar uma bancada ampla em 2018. “Acho que o ex-governador nesse momento não está pautando que cargo que ele vai disputar, mas há um indicativo natural de que o nome dele ao Senado é um consenso entre todos nós. E para a eleição para a Câmara tem esse peso também, mas temos vários outros nomes de peso”, disse o presidente do PT na Bahia, Everaldo Anunciação.

Isidório desconversa sobre articulação

Em conversa com a Tribuna, o deputado Sargento Isidório (PDT) disse que não sabe “de onde tiraram essa história de Senado ou vice”, mas não descartou que venha a seguir por esse caminho em 2018. Segundo disse, tudo dependerá do momento político. “Nunca falei isso a ninguém. Eu disse na tribuna hoje [ontem] que a minha vida pertence a Deus e ao povo, que é quem me banca. Se o povo apontar para a disputa, eu irei, mas nunca toquei nesse assunto de Senado ou de vice-governador. É muita areia para minha caçambinha”. 

Isidório disse ainda que almeja apenas o comando da Assembleia Legislativa da Bahia, mas ressaltou que está aberto a possíveis convites de Rui. “Se eu for chamado para ser [candidato], vou fazer o quê? Eu queria ser prefeito em Candeias e em São Francisco do Conde, mas tive que atender a um chamado do governador e me candidatar em Salvador. Tenho que seguir o comando do líder. Ele manda e eu obedeço”.

Isidório declarou que a Câmara é uma possibilidade concreta, já que possui “uma instituição que depende de recursos”. “Não tenho outro meio que não a política, aqui me humilhando para receber recursos. Tem muita perseguição. Se não fosse o governador para conhecer o trabalho, o povo que atendo estaria prejudicado”, disparou o pedetista.

Reprodução: Trribuna da Bahia