O deputado federal Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) deve ser apontado como articulador da rede bolsonarista de distribuição de notícias falsas e desinformação no relatório final da CPI da Covid-19. O documento vai usar informações de 16 depoimentos prestados à Polícia Federal e encaminhados à comissão o que pode fazer com o que o deputado seja indicado pelas fontes.
O jornal Folha de São Paulo aposta que na conclusão da apuração além de Carlos, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) tamém pode ser julgado como elo da rede com supostos financiadores, entre eles os empresários Otávio Fakhoury e Luciano Hang.
A comissão deve mostrar a partir das informações que Carlos Bolsonaro debate as estratégias de produção de divulgação de fake news com o assessor para assuntos internacionais da Presidência, Filipe Martins. Este, por sua vez, será apontado como responsável por repassar as ordens a integrantes do chamado “gabinete do ódio”.
Políticos como as deputadas Carla Zambelli (PSL-SP) e Bia Kicis (PSL-DF) devem entrar no relatório final porque a CPI constatou que, quando a investigação começou, elas apagaram postagens em suas redes com desinformação sobre a vacinação e o uso de máscaras.
O conteúdo final do relatório de Renan Calheiros (MDB-AL) ainda é debatido com integrantes da comissão, mas o Painel apurou que a tendência é que mais de 30 pessoas, entre responsáveis por páginas bolsonaristas e políticos.