Política

CPI do 8 de janeiro: oposição sofre derrota e governo deve compor metade do colegiado

Decisão contra a base oposicionista no Congresso foi tomada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG)

Marcelo Casal Jr/Agência Brasil
Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

A oposição ao governo Lula (PT) no Congresso Nacional sofreu uma derrota, nesta sexta-feira (5), após o presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), negar um pedido do bloco para ocupar vagas que supostamente seriam direcionadas a minoria na CPMI do 8 de janeiro, criada em abril e ainda não instalada.

Segundo o G1, partidos como PP, PL e Republicanos tentavam conseguir duas cadeiras a mais, destinadas à minoria no Congresso. Com a negativa de Pacheco – que avaliou que a regra não valer para a CPMI -, restará ao grupo nove vagas.

Com isso, o governo deve garantir pelo menos 15 das 32 cadeiras da CPI Mista na mão de aliados – o que, somado a parte das 8 vagas dos partidos "independentes", pode resultar em uma maioria governista na comissão.

A previsão do líder do governo, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), é de que o colegiado comece a funcionar somente na segunda quinzena de maio. O grupo será formado por 16 deputados e 16 senadores. As vagas são dividas de acordo com o tamanho dos blocos.

Veja como deve ficar a composição da CPMI:

– Partidos da base de governo (MDB, PSD, PT, PCdoB, PV e Psol): 15 vagas
– Partidos de oposição ao governo (PL, PP e Republicanos): 9 vagas
– Partidos "independentes" (União, PSDB e Podemos): 8 vagas