Instalada há 25 dias na Câmara dos Deputados, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmidas Financeiras tem apenas uma parlamentar da Bahia entre os seus titulares: a deputada Ivoneide Caetano (PT). Apesar de integrar o colegiado, até hoje (27) Ivoneide não apresentou nenhuma proposição.
A CPI tem como suplente o deputado federal Neto Carletto (PP), que está em seu primeiro mandato.
A CPI foi instalada para investigar esquemas de pirâmides financeiras com uso de criptomoedas. Segundo a Comissão de Valores Mobiliários, do Ministério da Fazenda, ao todo, 11 empresas teriam realizado fraudes utilizando moeda digital, como a divulgação de informações falsas sobre projetos e promessa de rentabilidade alta ou garantida para atrair as vítimas e sustentar o esquema de pirâmide.
A comissão terá 120 dias para discutir o tema por meio de realização de audiências públicas com especialistas, representantes de empresas e membros da sociedade civil, além da análise de documentos e quebra de sigilos. O prazo de funcionamento da CPI pode ser prorrogado por mais 60 dias, desde que haja requerimento assinado por 1/3 dos deputados.
Convocações – A CPI quer ouvir líderes atualmente presos de dois dos maiores esquemas criminosos do setor: Diorge Ribeiro Chaves e Patrick Abrahão, da Trust Investing e Glaidson Acáciao dos Santos, o Faraó do Bitcoin, e a esposa dele, Mirelis Zerpa. Além destes, os parlamentares querem ouvir uma grande gama de pessoas envolvidas com o setor na categoria de especialistas, como forma de dar embasamento técnico ao trabalho dos deputados.
O mais recente convidado é Thiago Nigro, o influencer conhecido como Primo Rico.