Política

CPI das Americanas: Jonga Bacelar quer ouvir 'homem mais rico do Brasil', dono da varejista

Ele argumenta que os acionistas da varejista precisam "prestar esclarecimentos" sobre o pedido de recuperação judicial, que é apontado como o quinto maior da história do país. Ele diz ainda que, mesmo em meio à crise, os empresários ficaram ainda mais ricos.

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Integrante da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar uma possível fraude contábil no grupo Americanas, o deputado Jonga Bacelar (PL) apresentou requerimento ao colegiado para convocar os principais acionistas da empresa, entre eles Paulo Lemann — apontado pela Forbes como o homem mais rico do Brasil. 

Estão listados ainda Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles. O parlamentar baiano quer ouvir também acionistas das empresas de auditoria KPMG e PwC. 

Ele argumenta que os acionistas da varejista precisam "prestar esclarecimentos" sobre o pedido de recuperação judicial, que é apontado como o quinto maior da história do país. Ele diz ainda que, mesmo em meio à crise, os empresários ficaram ainda mais ricos.

Crise — Uma das empresas mais sólidas do país, as Americanas anunciaram um rombo de R$ 20 bilhões. O débito veio com um problema de registro das dívidas que a companhia tinha com os fornecedores e os bancos. Na operação, a empresa compra mercadoria dos fornecedores e, antes da venda, ela quita essa dívida com um empréstimo do banco.

Com isso, o fornecedor recebe e a companhia paga depois a instituição bancária com os juros. Isso é legal. O problema foi na hora de registrar essas dívidas.

Em vez de registrar a dívida financeira, a Americanas registrava no balanço a dívida com o fornecedor – que não tinha juros. E isso ao longo de vários anos, segundo a CNN.