Política

CPI da Covid tenta resolver impasse sobre Wizard e quer mirar em Pazuello como investigado

em reunião na noite desta segunda, os integrantes do grupo majoritário da CPI, formado por independentes e oposicionistas, avaliariam as medidas que poderiam ser tomadas

Divulgação
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Em uma semana que pode ser esvaziada de depoimentos importantes, a CPI da Covid busca minimizar os danos da possível ausência do bilionário Carlos Wizard ao mesmo tempo em que pode definir o futuro nas investigações do general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, que tende a mudar da condição de testemunha para a de investigado.

O empresário mandou ofício à comissão nesta segunda (14) pedindo para prestar depoimento de forma virtual na quinta-feira (17), para quando está marcada sua oitiva, porque está nos Estados Unidos. Ele mandou fotos de carimbos que estariam no passaporte de Wizard e que atestariam sua entrada naquele país em abril.

Wizard também solicitou que possa ser acompanhado por advogados e acesso a documentos da CPI. Ele é apontado como um dos integrantes do chamado gabinete paralelo, estrutura de aconselhamento ao presidente Jair Bolsonaro para temas ligados à pandemia fora da estrutura do Ministério da Saúde.

Seus membros propagariam o negacionismo, defendendo medicamentos sem comprovação de eficácia, desprezando a aquisição de vacinas e também as medidas não farmacológicas, como o distanciamento social e o uso de máscaras.

De acordo com a Folha, em reunião na noite desta segunda, os integrantes do grupo majoritário da CPI, formado por independentes e oposicionistas, avaliariam as medidas que poderiam ser tomadas, como a condução coercitiva do empresário ou mesmo o envio aos Estados Unidos de um agente para a oitiva.

Uma parte dos senadores defende a condução coercitiva para não deixar desmoralizar a CPI, deixando claro que uma afronta à comissão acarreta em medidas mais enérgicas.