A decisão do presidente Michel Temer de convidar o líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbassahy (BA), para o comando da Secretaria de Governo – pasta responsável pela articulação política entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional – gerou nesta quinta-feira (8) uma repercussão negativa entre parte dos aliados do governo. Isso pode levar o presidente a rever a decisão.
Segundo o G1 apurou, Temer havia decidido convidar o líder tucano para a cadeira que ficou vaga no mês passado com a saída de Geddel Vieira Lima.
Até o início da tarde, a expectativa era que o presidente oficializasse a nomeção de Imbassahy no início da próxima semana.
Mas Temer teria se irritado com o vazamento de uma proposta do PSDB de ampliar as atribuições da Secretaria de Governo, incluindo o relacionamento com governadores e a negociação de dívidas estaduais. Essas atribuições são atualmente do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
Além disso, outro problema seria a eleição de 2018 na Bahia. Segundo interlocutores de Temer, o irmão de Geddel Vieira Lima, deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), teria ficado contrariado com a possível nomeação de Imbassahy porque isso credenciaria o tucano a disputar o Senado pela Bahia, o que faria parte das pretensões de Geddel, embora ele negue oficialmente.
Por isso, Temer também passou a cogitar a indicação para a Secretaria de Governo de dois senadores tucanos – José Anibal (SP) e Antonio Anastasia (MG).
(G1) (AF)