O ex-deputado federal Jean Wyllys (PT) pode não mais assumir o cargo de auxiliar de planejamento na Secretaria de Comunicação (Secom) do governo federal, mesmo com o apadrinhamento do presidente Lula (PT) e, mais especialmente, da primeira-dama, Janja.
Isso porque o ex-parlamentar se envolveu em uma confusão, via redes sociais, com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB). O embate, no qual o petista criticou o governador do Rio Grande do Sul por uma suposta "homofobia internalizada", não só desagradou o entorno de Lula, como fez com que o MP gaúcho tentasse derrubar da internet as falas referentes à manutenção de escolas cívico-militares no estado.
De acordo com o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, além das providências pedidas pela promotoria, que inclui a quebra de sigilo de dados de Wyllys, o episódio custou a ele o fim dos afagos públicos de Janja – a Secom, onde Wyllys ficaria, tem áreas sob influência de Janja: é o caso da que é responsável por comandar contas institucionais do governo nas redes sociais.
Jean Wyllys também não tem sido visto com bons olhos na Empresa Brasileira de Comunicações (EBC), destino que também chegou a ser cogitado para ele na semana passada. A nomeação dele é rejeitada a partir da percepção de que o petista, uma vez empossado, pode prejudicar a imagem do governo e desequilibrar relações que Lula e auxiliares têm se esforçado para construir e manter.