A Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) conta, atualmente, com 63 deputados estaduais. Desses, 58 participaram da eleição que consagrou Paulo Rangel (PT) como novo conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA), na terça-feira (5).
O petista recebeu 36 dos 38 votos inicialmente esperados – o total acabou sendo abaixo do que receberam outros eleitos em pleitos anteriores à Corte de Contas. Já o candidato derrotado, Marcelo Nilo, recebeu 22 votos. Porém, muitos parlamentares ficaram surpresos com o desempenho do ex-deputado federal e ex-presidente da AL-BA.
Isso porque a base de oposição conta, na teoria, com 20 deputados. Desta forma, pelo menos dois parlamentares da base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) na Casa teriam "traído" Rangel e votado em Nilo. Como a votação é secreta, saber quem foram esses dois "desleais" não é uma tarefa tão simples.
Quanto aos outros cinco parlamentares restantes e não participaram da eleição ao TCM-BA, quatro são do PCdoB (Zó, Bobô, Olívia Santana e Fabrício Falcão). Os comunistas, em retaliação pelo impedimento de Falcão em participar do pleito, decidiram por não votar. Por sua vez, a deputada estadual Ludmilla Fiscina, do PV, alegou motivos de saúde e acabou não marcando presença na terça-feira na AL-BA.
