Relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) apontou um sobrepreço de R$ 192 milhões na compra de 470 mil reservatórios de água pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS). De acordo com o Bahia Notícias, a compra teria ocorrido no ano de 2020.
A CGU aponta ausência de Estudos Técnicos Preliminares que respaldem as estimativas dos quantitativos a serem licitados por meio do pregão”. Os auditores também apontam “risco de superestimava da contratação” – ou seja, teria havido uma sobrevalorização nos valores apresentados.
O Dnocs é comandado por Lucas Lobão. O advogado já foi assessor do vereador Alexandre Aleluia (DEM), que o indicou para o posto.
Segundo o documento, “a administração recebeu questionamentos de fornecedores acerca dos valores utilizados para a cotação, que estariam incompatíveis com o preço de mercado”. O departamento respondeu que “a variação nos preços decorreu da alta do dólar no período, em virtude da pandemia do Covid-19”. “Entretanto, o fato isolado da alta do dólar não é suficiente para justificar os aumentos de preço, pois diversos outros fatores podem ter contribuído para a variação (positiva ou negativa) dos preços no período, como variações de custos de matérias primas ou na cadeia logística e alterações na demanda”, rebate a auditoria.