A fala do senador Angelo Coronel (PSD-BA) acerca de uma movimentação do deputado estadual Adolfo Menezes (PSD) para um novo mandato na Presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), caiu como uma bomba nos corredores da Casa, especialmente entre alguns dos principais postulantes ao cargo, e chamou a atenção por ocorrer quando ainda falta mais de um ano para o pleito ocorrer.
Em uma publicação nas redes sociais, Coronel afirma que o correligionário está lutando para chegar ao terceiro mandato como chefe do Legislativo baiano. "Está ajustando a questão legal, para ver se a Constituição pode ser modificada para ele disputar mais um mandato”, disse o congressista, em um vídeo publicado nas redes sociais.
“Eu sempre digo: o que é bom tem que continuar. Ele tem atendido bem aos deputados, tem atendido às expectativas da Casa. Então, nada como Adolfo para continuar presidindo ela. Ou seja: ele vai ser sucessor dele mesmo. Ele pode contar com o meu apoio. Não sou eleitor da Assembleia Legislativa, mas tenho alguns amigos que, com certeza, serão conduzidos para votar em Adolfo Menezes”, acrescentou.
A questão é que a possibilidade vai ao contrário do que aspiram outros dois parlamentares da Casa: Ivana Bastos, que é do mesmo partido de Adolfo e Coronel, o PSD, e o líder de governo na AL-BA, Rosemberg Pinto (PT). Este há muito anseia pelo cargo e tem como trunfos a proximidade com o ministro da Casa Civil, Rui Costa e o governador Jerônimo Rodrigues (PT), especialmente por defender, com muito afinco, as propostas defendidas tanto pelo ex-titular do Palácio de Ondina, quanto pelo atual chefe do Executivo.
Após as eleições de 2022, Iavana chegou a se lançar como candidata, mesmo com Adolfo já tendo declarado que participaria da disputa, visando a reeleição. Em entrevista ao BNews em novembro do ano passado, ela chegou a prever que "traições" ocorreriam quanto a nomes que já tinha declarado apoio a Adolfo Menezes.
Posteriormente, no entanto, a deputada federal mais votada da Bahia naquele pleito retirou a candidatura e decidiu pelo apoio a Adolfo – que levou 61 dos 63 votos entre os deputados estaduais -, mas sempre como o desejo vivo de ser tonar a primeira mulher a chefiar o Legislativo baiano. Resta saber se, agora, o objeto de desejo de Ivana e Rosemberg será novamente adiado, ou se haverá uma "briga boa" pela presidência da AL-BA.