Com a queda da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), levou a público a suposta posição de Jair Bolsonaro, de que ele teria “garantido” que vai aceitar a derrota da emenda no Congresso. No entanto, parlamentares não acredita que as ameaças diminuirão. O que pode gerar repressão direta em Lira que garantiu que o presidente aceitaria a derrota sem mais interrupções.
“Se não passar, há um compromisso do presidente da República – e isso ficou claro – de que cumprirá, de que aceitará o resultado do plenário da Câmara dos Deputados. É isso que eu espero”, afirmou Lira.
Lira já vinha sendo criticado por aliados pela decisão de colocar para votação em plenário a PEC do voto impresso. Os votantes da PEC dizem que foram expostos pelo presidente da Câmara, já que tiveram que escolher entre apoiar a proposta amplamente criticada ou se opor a ela e desagradar ao governo federal.
Eles dizem que sofreram ônus político para satisfazer as vontades do presidente.
Durante o processo, filiados a Lira também fizeram circular informações de que ele vai abandonar o barco se os ataques seguirem após a votação. Diante da imprevisibilidade de Bolsonaro, políticos se preocupam com a reação de Lira caso o presidente descumpra a promessa de interromper os ataques golpistas.
A impressão do voto depositado na urna eletrônica é defendida pelo presidente Jair Bolsonaro, que tem feito ataques sem provas ao sistema eleitoral e já ameaçou agir "fora das quatro linhas" da Constituição.