Em meio ao agravamento da crise política e à piora na avaliação da administração do presidente Michel Temer (PMDB), partidos da base aliada na Câmara ameaçam deflagrar uma rebelião contra propostas de interesse do Palácio do Planalto.
Numa queda de braço para a indicação do novo ministro da Secretaria de Governo, as siglas do chamado "centrão", que reúne partidos médios como PP, PSD e PTB, discutem o boicote a medidas do governo, como a reforma da Previdência e outras iniciativas que podem ser consideradas impopulares.
Em paralelo, um grupo dentro do PSB passou a pressionar pela saída imediata do partido da administração federal, o que, se concretizado, seria a primeira perda na base de apoio do presidente no Congresso Nacional desde que ele assumiu o Palácio do Planalto, em maio.
No sábado (10), o diretório estadual do PSB no Rio Grande do Sul aprovou moção pelo desembarque da legenda do governo federal por não concordar com os rumos da gestão peemedebista.
A iniciativa preocupou o presidente, que discutiu o tema nesta segunda-feira (12) com o ministro Fernando Bezerra Filho (Minas e Energia), do PSB.
(Folha) (AF)