Política

Cláudio Cajado nega que irá assumir direção estadual do PP e aponta sigla como “independente”

O parlamentar ainda afastou os boatos de que poderia assumir a liderança estadual do partido

Vagner Souza/Salvador FM
Vagner Souza/Salvador FM

O deputado federal reeleito Cláudio Cajado (PP) afirmou que a legenda segue sendo “independente”, e que ainda não foi procurada nem pela oposição, nem pelo governo. O parlamentar ainda afastou os boatos de que poderia assumir a liderança estadual do partido.

“Me tire desse bolo. Não sou candidato a nada, estou, inclusive, exercendo a função de presidente nacional, muitos problemas em Brasília, e estamos aqui para servir. A Bahia resolve-se na Bahia”, afirmou durante a cerimônia de diplomação dos eleitos na disputa deste ano, que ocorreu na tarde de sexta-feira (16).

Sobre a possibilidade do também deputado federal eleito João Leão (PP) assumir o cargo, Cajado não se opõe, mas reafirma que as tratativas ainda não aconteceram. “Isso ainda não foi tratado. Mas não tenho nada contra [Leão], um grande companheiro, amigo e político. Discussões pontuais existem, mas nada contra Leão ou contra a presidência dele no estado. Pelo contrário, se tiver que haver alguma alteração, o partido irá se reunir”, completou.

O Progressistas rompeu com a base petista na Bahia no pleito deste ano. Sobre a volta da aliança entre os partidos, Cajado aponta que “não conversamos sobre isso. Hoje, o partido é independente, nós não nos reunimos para saber se eventualmente pode se aliar, o governo também não procurou ninguém, não temos conversa sobre isso. Temos que ouvir a bancada federal e estadual, mas não existe nada decidido sobre apoio”.

Orçamento secreto

Uma resolução aprovada pelo Congresso nesta sexta-feira (16) criou regras para tentar dar clareza e objetividade à distribuição do orçamento secreto. De autoria da Câmara e do Senado, a resolução foi aprovada na mesma semana em que o Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar a legalidade do atual modelo das emendas de relator.

Essas emendas parlamentares são contestadas em razão da falta de transparência no manejo dos recursos. Da maneira como funciona hoje, cabe ao relator do Orçamento da União decidir quais serão os deputados ou senadores que serão agraciados com as emendas.

Para Cajado, “o orçamento secreto não tem nada de secreto. As emendas têm autoria, destinação, recursos definidos, objetos, o que se deu hoje é uma maior transparência do que se tinha. Acredito que na segunda-feira [19] a conclusão será favorável a manutenção da emenda de relatório”, finalizou o deputado.